Muito se fala nos danos à saúde por conta do uso prolongado dos cigarros eletrônicos, ou vapes. E Solange Almeida, ex-vocalista dos Aviões do Forró, é um exemplo disso. A cantora conversou com o Domingo Espetacular, da TV Record, no domingo (15), e contou o que tem feito para recuperar a potência da voz, após sofrer lesões nas cordas vocais e no pulmão por conta do vício.
“Fui usuária durante oito, nove meses. Aquela coisa de ver amigos usando, eu nunca tinha usado. E, aí, [falavam] ‘não, Sol, não tem problema, isso aqui é à base de água, não tem nicotina’”, detalhou ela.
Em seguida, Solange recordou o início dos efeitos e a descoberta dos problemas: “Comecei a sentir dificuldade para respirar, minha voz não saía direito, não era mais a mesma. Aí, foi quando eu fiz um exame aprofundado e descobri que estava com uma lesão nas cordas vocais e mais ainda no pulmão”.
Em entrevista ao Domingo Espetacular, exibida em abril do ano passado, Solange Almeida já havia desabafado sobre os efeitos do cigarroeletrônico em sua vida e carreira. A cantora revelou que chegou a perder a vontade de cantar após fazer uso do dispositivo, já que a voz ressecava e ela não conseguia mais alcançar determinados tons.
“Eu perdi a vontade de cantar, já tinha determinado que não iria cantar mais. Cheguei a ter crises de pânico e falta de ar”, afirma, contando que tinha vergonha de assumir o caso publicamente.
Segundo a cantora, a dependência começou com uma brincadeira entre amigos em 2020: “Eu achava uma coisa bonita, tecnológica… Tudo é atrativo no cigarro: o odor, o sabor, as luzes e a fumaça. Estava na crista da onda”.
Solange diz que só parou de fumar após ouvir um pedido da filha, na época com 15 anos: “Ela me disse: ‘mãe, você é tão inteligente. Por que está usando isso? Está acabando para a sua voz. Então, percebi que não queria isso para mim nem para meus filhos”, contou.
Crises de pânico
A cantora Solange Almeida revelou, em entrevista ao podcast EmPODeradas, em março do ano passado, que tinha um vício em cigarro eletrônico. Ela contou que o uso contínuo do produto lhe causou uma série de problemas de saúde, inclusive traumas psicológicos.
“Eu não tinha falado disso até hoje e queria que servisse de alerta para as pessoas. No final de 2020, fui apresentada ao cigarro eletrônico, estava com uma turma e tal… Aí comecei a usar aquilo e virou aquela coisa de: ‘é bacana isso aqui!, eu vou usar!’”, lembrou Solange.
“Quando eu fui ver, quando eu fui dar conta de como eu estava, eu já estava, digamos que, realmente viciada naquilo, sabe? De acordar com ele do meu lado, na cabeceira da minha cama. Começou em uma festa particular e vi aquilo. ‘Que interessante! Não tem nicotina! Me dê aqui! É um vaporzinho e não sei o quê’. Rapaz, meu amor, vaporzinho que eu quase perdi tudo! Do meu pulmão ficar lascado, entendeu?”, acrescentou.
Ela ainda contou que teve crises de ansiedade e crises de pânico por conta do cigarro eletrônico.
“Aquilo começou a me trazer um estado de ansiedade que vocês não têm ideia. Eu ouvia vozes! Com o cigarro eletrônico, comecei a sentir coisas que eu não sentia. Era uma ansiedade, crise de pânico, uma série de coisas que depois fui ver de pessoas que deixaram de usar que sentiram a mesma coisa”, relatou.