Os funcionários terceirizados do Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, iniciaram a greve da categoria nesta terça-feira (22). O motivo da mobilização é a falta de pagamentos dos salários e do vale alimentação referente ao mês de setembro. Entre os setores inclusos está o de nutrição, impactando o fornecimento da alimentação aos trabalhadores da Unidade. De acordo com o Sindicato dos Profissionais da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN), o mesmo problema é constatado Hospital Santa Catarina, Hospital Regional de São José e Hospital Regional Tarcísio Maia. Em algumas dessas unidades, o fornecimento de refeições já foi suspenso desde a última segunda-feira (21).
Estão em greve e trabalhando apenas 30% dos profissionais do setor da nutrição, da empresa JMT; os profissionais da higienização, da Justiz e os maqueiros que são da Fortex. No Walfredo Gurgel, por exemplo, no plantão diurno trabalham 12 maqueiros, mas nesta terça-feira (22), só estão trabalhando quatro para atender os dois prédios do hospital. A lavanderia do hospital também só está funcionando com o contingente de 30%.
O Sindsaúde/RN resslata que o problema no atraso de pagamento dos terceirizados já foi debatido em mesas de negociação, mas não teve êxito. “O governo Fátima Bezerra (PT) nunca apresentou um plano B, mesmo o sindicato defendendo fornecimento de um vale alimentação para os servidores ou, no mínimo, a distribuição emergencial de quentinhas quando greves como essa acontecerem. O resultado, no entanto, é sempre o mesmo: os trabalhadores da saúde, que não tem culpa dessa situação, dando plantões longos e exaustivos com fome”, argumentam.
O sindicato afirma, ainda, que a situação também afeta a população e os setores dos hospitais. “O sindicato chegou a receber denúncias de que no Walfredo, por falta de carregador na farmácia, os setores ficarão desabastecidos de soro e a CME de gaze em rolo e estéril, tubo de silicone e compressa cirúrgica. Um caos generalizado que tem como ponto principal a terceirização e o desmonte dos serviços”, denuncia a categoria.
O Sindsaúde disse que procurou a SESAP para exigir que governo de Fátima Bezerra (PT) pague os profissionais das empresas terceirizadas e providencie, o quanto antes, a alimentação dos servidores e o restabelecimento dos serviços.