A vereadora Fativan Alves (PSD) criticou, durante a sessão ordinária na Câmara de Parnamirim nesta quinta-feira 5, a administração do prefeito de Parnamirim, Rosano Taveira Cunha (União Brasil) e afirmou que a gestão é “desastrosa, desmantelada e desorganizada”. Com oito anos de mandato, a vereadora disse que, durante todo o período como parlamentar, “foi apresentando à população o desgoverno dessa gestão”.
“Mês de dezembro, finalizando o nosso mandato, os questionamentos são os mesmos. Gestão DDD, desastrosa, desmantelada e desorganizada. Infelizmente, são oito anos que a gente está aqui à frente e sabendo do grande sofrimento da população com esse descaso”, completou.
Fativan ainda citou a crise na saúde pública de Parnamirim, denunciada por outros vereadores da Câmara, que falaram sobre falta de reagentes para exames de hemogramas, médicos com salários atrasados desde julho e ambulâncias inoperantes. “Passamos esse tempo todo sem ter as cirurgias eletivas. Agora, os raio-x, um mês funciona, três meses não. Inclusive, já houve o conserto do raio-x. Se paga um profissional lá na UPA e infelizmente não tem o serviço para a população”, disse.
Ela também falou sobre a possível data de compra para os reagentes para hemogramas ser no dia 20 de dezembro. “Mais um fake newsdessa gestão. Algo que a gente não pode mais acreditar. Como é que no final de uma gestão vai se comprar dia 20?”, questionou.
A vereadora também cobrou que a gestão de Rosano Taveira pedisse desculpas à população de Parnamirim por não conseguir resolver os problemas no município. “Pelo menos no finalzinho da sua gestão pedir desculpa ao povo por todo o dinheiro arrecadado no município de Parnamirim e não ter sido devolvido à população”, concluiu.
“Gestão desastrosa”: Vereadores de Parnamirim denunciam crise na saúde pública
Outros vereadores de Parnamirim denunciaram o colapso da saúde pública no município e afirmaram que a situação afeta diretamente a qualidade de vida da população e coloca em risco a integridade dos profissionais da área. Segundo as denúncias, feitas na quarta-feira 4, há falta de reagentes para hemogramas, aparelhos de Raios-X sem funcionar por falta de dosímetros, médicos com salários atrasados desde julho, ambulâncias inoperantes, unidades básicas de saúde e a única UPA da cidade com sérias deficiências estruturais.
O vereador Gabriel César (PL) destacou o não funcionamento dos equipamentos. “Não tem reagentes na UPA de Nova Esperança, os pacientes não conseguem fazer o exame de sangue, ou precisam ser encaminhados para outros hospitais”, afirmou. Ele criticou a falta de estrutura nas unidades de saúde. “O aparelho de raio-X está lá, mas não funciona porque falta o dosímetro, e a situação da infraestrutura é desesperadora”.
“Os médicos estão até se reunindo para tentar consertar as ambulâncias, que estão sem manutenção básica, como a troca de óleo e peças essenciais. O atendimento está sendo prejudicado, especialmente no litoral, onde as ambulâncias não funcionam e os pacientes acabam sendo encaminhados para outros municípios ou para serviços sobrecarregados, como o Walfredo Gurgel”, disse.
Segundo o vereador Dr. César Maia (MDB), os profissionais do programa Mais Médicos não recebem pagamentos há meses, o que afeta a continuidade do serviço. “São 29 médicos que não receberam a contrapartida municipal, que é um valor simbólico, mas essencial para que eles possam continuar trabalhando em Parnamirim. É um total desleixo com os profissionais que estão na linha de frente do atendimento à população”, frisou.
O vereador Irani Guedes (Republicanos) expressou a indignação com a situação nas unidades de urgência e emergência. “Não é só a UPA de Nova Esperança que está sem reagentes e medicamentos, a situação é a mesma em outras unidades, como em Pirangi, onde médicos tiveram que fazer uma ‘cota’ para consertar as ambulâncias”, denunciou.
Informações do Agora RN