O respeito a democracia sempre foi uma das grandes bandeiras do Partido dos Trabalhadores. Porém na prática, pelo menos diante do atual comportamento do presidente da sigla em Caraúbas Tanildo Fernandes, se mostra totalmente distante disso.
É notório que Tanildo perdeu prestígio dentro da sigla, e hoje mesmo como presidente não consegue reunir o apoio necessário para seus planos pessoais. A prova disso é que por uma maioria muito significativa, as lideranças petistas, muitas delas históricas dentro do PT em Caraúbas, já definiram que vão apoiar a pré-candidatura da situação, ao lado de Givago Barreto e Kátia Linhares, enquanto Tanildo de forma solitária e unilateral não concorda com isso, inclusive sendo voto vencido por 7×1 em relação aos demais membros do diretório local.
A pauta incomodou tanto o atual vereador petista que o assunto foi levado até Natal, onde Tanildo pressionou para que houvesse o afastamento da sigla ao nome de Givago. Como “pano de fundo” estão ainda as eleições presidenciais e um suposto distanciamento da ideologia do atual prefeito Juninho Alves, tio de Givago Barreto, com as bandeiras do partido esquerdista.
Porém algumas perguntas ficam no ar: Se Tanildo tivesse sido escolhido para compor a candidatura da situação, a pauta de direita e esquerda seria esquecida, já que ele alcançaria os seus objetivos pessoais? Como é que Tanildo se alinhou ao nome de Novinho Praxedes na oposição, “um bolsonarista de carteirinha” e o maior crítico local ao governo da professora Fátima Bezerra, produzindo inclusive um video de pré-candidatura contra a atuação da Polícia Rodoviária Estadual em Caraúbas?
O que vemos na prática é um presidente que não respeita a escolha da maioria esmagadora de seu partido a nível local, e que está usando sua influência a nível de diretório estadual para estabelecer a sua vontade. Essa realidade deixa Tanildo totalmente isolado e sem apoio dentro do PT caraubense, inclusive podendo ser algo definidor para o fim de sua carreira política.