O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da Oposição no Senado, divulgou nesta segunda-feira 25 uma nota de solidariedade à família Bolsonaro após o assalto que manteve Rogéria Bolsonaro, mãe dos parlamentares Flávio, Carlos e Eduardo, e os avós maternos deles reféns em Resende (RJ). O crime aconteceu no domingo 24 e é investigado pela Polícia Civil.
Na manifestação, Marinho classificou o episódio como “grave e lamentável”, afirmando que a violência sofrida pela família simboliza os riscos enfrentados por todos os brasileiros. Ele também aproveitou para criticar o que chamou de “perseguição política” e “vazamentos seletivos de investigações” conduzidas pela Polícia Federal, que, segundo o senador, alimentariam um ambiente de hostilidade e intolerância no país.
“É urgente que cessem tais práticas arbitrárias, sob pena de continuarmos alimentando um ciclo de intolerância e violência que ameaça a democracia e a segurança de todos os cidadãos”, afirmou Marinho no texto.
De acordo com a Polícia Militar do Rio de Janeiro, Rogéria Bolsonaro relatou que foi surpreendida por dois homens encapuzados ao abrir a porta dos fundos da casa. Ela e os pais, de 85 e 87 anos, foram levados para outros cômodos enquanto os assaltantes procuravam joias e dinheiro. Apesar das ameaças, ninguém ficou ferido.
Os criminosos fugiram levando um carro da família, recuperado posteriormente na Estrada do Ipiranga, a cerca de 20 km do local. A Polícia Civil realizou perícia e busca imagens de câmeras de segurança da região para identificar os suspeitos. Nas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro confirmou o assalto e disse que todos passam bem.
Confira a nota de Rogério Marinho na íntegra:
Nota de Solidariedade e Reflexão
Manifesto minha solidariedade aos parlamentares Flávio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Carlos Bolsonaro e a toda a família, diante da violência sofrida por sua mãe e avós, que foram feitos reféns em um assalto. Trata-se de um episódio grave e lamentável, que atinge não apenas uma família, mas simboliza os riscos a que todos os brasileiros estão expostos.
É necessário ressaltar, contudo, que o ambiente de perseguição política e os constantes vazamentos seletivos de investigações, conduzidos de maneira parcial pela Polícia Federal, criam um clima perigoso na sociedade. Quando versões incompletas e enviesadas são divulgadas, sem compromisso com a verdade integral, fomenta-se a hostilidade e legitima-se a violência.
O Brasil não pode aceitar que a lógica de “caça às bruxas” contra um espectro político específico seja normalizada sob o manto da vingança. Essa instrumentalização do sistema de justiça tem efeitos colaterais devastadores, que extrapolam o campo político e chegam à vida pessoal e familiar dos perseguidos.
Em nome da responsabilidade institucional e da pacificação do país, é urgente que cessem tais práticas arbitrárias, sob pena de continuarmos alimentando um ciclo de intolerância e violência que ameaça a democracia e a segurança de todos os cidadãos.
Rogério Marinho
Senador da República (PL/RN)
Líder da Oposição no Senado