O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou nessa segunda-feira (25) qualquer envolvimento ou conhecimento sobre um suposto plano para matar o presidente Lula (PT) e o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, no final de 2022. No entanto, admitiu temer uma possível prisão.
“Essa história de assassinato de autoridades, no meu entender, foi jogada […] não cola isso daí. No meu entender, nada foi iniciado, não podemos querer agora punir o crime de opinião”, afirmou Bolsonaro a jornalistas ao chegar ao Aeroporto Internacional de Brasília. Questionado sobre o plano, respondeu: “Não, esquece. Dentro das 4 linhas não tem pena de morte”.
O ex-presidente e outras 36 pessoas, incluindo o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, foram indiciados pela Polícia Federal (PF) na quinta-feira (21) no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado em 2022. O relatório final foi encaminhado ao ministro relator Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e deve ser enviado à Procuradoria Geral da República (PGR) nesta terça-feira (26).
Ao ser questionado sobre a possibilidade de prisão, Bolsonaro afirmou que isso pode acontecer “a qualquer momento”. Ele disse: “Eu posso ser preso ao sair daqui [do Aeroporto Internacional de Brasília]”.
O advogado do ex-presidente, Paulo Amador, manifestou esperança de que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, tenha uma atuação mais ativa e adote uma postura “ponderada” ao analisar a denúncia.