Dois policiais penais especializados em operações especiais, acompanhados por um cão farejador da raça pastor-belga-malinois do Mato Grosso, desembarcaram, nesta quarta-feira (6), no Rio Grande do Norte. A missão é reforçar as operações de buscas por Rogério da Silva Mendonça, 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, que fugiram da Penintenciária Federal de Mossoró, durante a madrugada da Quarta-Feira de Cinzas (14), marcando a primeira do sistema de segurança máxima das prisões federais.
Por meio de nota, o Governo do Mato Grosso destacou que o cão Fúria “tem um ‘currículo’ extenso de sucesso em funções complexas como farejar de drogas, celulares e armas dentro e fora dos presídios mato-grossenses. Ele começou com treinamentos para incursões internas nos presídios e hoje é considerado um especialista em farejamento e recaptura humana”, diz.
Aos sete anos de idade, de acordo com o Governo do Mato Grosso, Fúria já acumula em seu currículo operações bem-sucedidas, como a busca e captura de fugitivos do Presídio de Água Boa, localizado a 650 km de Cuiabá, além da apreensão de 360 kg de drogas, ambas ocorridas no ano anterior. Um exemplo notável foi a descoberta da droga, escondida em compartimentos de um caminhão.
Os agentes e cachorro, chegaram a Natal em um voo comercial e planejam viajar para Mossoró ainda nesta quarta-feira, em uma viatura da Polícia Penal do Rio Grande do Norte.
As buscas pelos fugitivos estão concentradas na área rural de Baraúna, região Oeste potiguar, e envolve mais de 600 agentes de segurança, que atuam de forma integrada. São policiais federais, rodoviários federais, militares e civis, além da Força Nacional.
Conforme reportagem da TRIBUNA DO NORTE, a caçada aos dois fugitivos da penitenciária federal de Mossoró, atingiu, na última terça-feira (5), seu vigésimo primeiro dia.
A fuga, fato inédito em presídios federais do país, expôs o governo de Lula (PT) a uma crise justamente em um tema explorado por adversários políticos, a segurança pública.
Após a fuga, o Ministério da Justiça e Segurança Pública implementou 25 medidas visando o aprimoramento da segurança nas prisões. Na unidade de Mossoró, por exemplo, o governo instalou três barras de ferro dentro das celas e áreas comuns, onde estão as luminárias.