A Prefeitura de Natal suspendeu o pagamento do aluguel social aos moradores prejudicados com o desabamento do muro de contenção da lagoa de captação Ouro Preto, no bairro Neópolis, na zona Sul de Natal. O benefício é fundamental para que eles consigam pagar uma moradia enquanto as casas atingidas pelo desastre não são liberadas pelo poder público. Sem o valor, essas famílias podem ser despejadas de onde moram atualmente.
O aluguel social foi disponibilizado inicialmente até o fim da obra, que estava prevista para 14 de fevereiro e foi cedido após o apelo da vereadora Ana Paula e do ex-vereador Júlio Protásio. O valor permite que os moradores encontrem abrigo temporário enquanto suas casas permanecem interditadas devido às obras de reconstrução em andamento. Contudo, a suspensão do benefício deixou muitas famílias em situação de vulnerabilidade.
Com as dificuldades financeiras enfrentadas após a interrupção do auxílio, os moradores se encontram incapazes de arcar com os custos do aluguel das residências temporárias durante os meses de janeiro e fevereiro. Como resultado, diversos proprietários estão ameaçando despejar essas famílias, aumentando ainda mais o drama vivenciado por elas.
Diante dessa crise habitacional iminente, os moradores estão unindo esforços para cobrar uma resposta das autoridades competentes. Exigem não apenas o restabelecimento imediato do aluguel social por parte da Prefeitura Municipal, mas também protestam por uma intervenção do Ministério Público e da Defensoria Pública para garantir a proteção dos direitos dessas famílias.
Uma das moradoras afetadas pelo desabamento, Luzimar, conta sobre a situação difícil que está enfrentando desde o início do ano com a pressão por parte dos proprietários da residência para o pagamento do aluguel. Luzimar afirma que já entrou em contato com a Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (SEMTAS), mas a mesma afirmou não ter ainda um prazo para o pagamento do aluguel social.
“Estamos com o aluguel atrasado, este mês ainda não foi pago. A Secretaria deu um prazo até quinta passada, depois passou para sexta, para hoje, e agora não há nenhuma previsão”, desabafou a moradora.
A situação evidencia não apenas a fragilidade das políticas públicas de amparo em momentos de crise como também a necessidade urgente de uma atuação mais eficaz por parte das instituições responsáveis.