Um homem de 58 anos, apontado como antigo membro remanescente do bando de Valdetário Carneiro, foi preso pela Polícia Civil na última quinta-feira (29), em Capanema, no Pará. Rosivan de Oliveira estava foragido há mais de 21 anos, acusado de um homicídio praticado no município de Caraúbas no dia 1 de junho de 2001 e, desde a fuga, usava o nome falso de Antônio Firmino de Oliveira. A prisão está inserida na “Operação Espectros”.
Após ser preso em 2001, o homem ainda conseguiu fugir da cadeia pública de Caraúbas. Além disso, antes de deixar a cidade, ele também foi apontado como autor de outro homicídio, agora contra o então atual companheiro de sua ex-mulher, por não aceitar o fim da relação enquanto estava preso. Desde então, após sua fuga, foi expedida ordem de prisão e ele passou à condição de foragido, com informações de que teria ido para o estado de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, foi observada a prisão de um empresário local com as mesmas características do fugitivo no estado do Pará. Ele foi preso por lavagem de dinheiro oriundo do contrabando de cigarros e do tráfico de drogas. Com isso, indícios colhidos pela equipe de policiais indicavam que, na verdade, seria o homem foragido do Rio Grande do Norte, que estava usando um documento falso. Posteriormente, foi submetido à comparação papiloscópica pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP/RN) e, também, pelo Instituto Técnico de Perícia do Pará, ambos confirmando pelas digitais registradas e armazenadas no Rio Grande do Norte.
O suspeito foi autuado em flagrante pelo crime de falsidade ideológica e ficará à disposição do Poder Judiciário do Pará. A prisão preventiva dele também foi cumprida na mesma oportunidade e foi comunicada ao juiz da comarca de Caraúbas, para o prosseguimento da ação penal e para dar início ao transporte do preso de volta ao Rio Grande do Norte, o que deverá ocorrer nos próximos dias. Operação Espectros Iniciada no ano de 2019, a “Operação Espectros”, que significa fantasmas, faz alusão ao modo de vida adotado pelos criminosos e suspeitos foragidos da justiça. Cientes das ordens de prisão, esses suspeitos e criminosos fugiram do território onde cometeram seus crimes e passaram a agir como “fantasmas” na sociedade, até mesmo com outros nomes, esquecendo e relegando toda a vida passada, objetivando não chamarem a atenção da Polícia ou de pessoas que pudessem reconhecê-los. A operação já permitiu prisões, ao longo desses quatro anos, em quase todos os estados do país.
Tribunal do Norte