A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira (23), mandados de busca e apreensão contra empresários bolsonaristas acusados de defender, em um grupo de WhatsApp, um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença Jair Bolsonaro (PL) nas eleições. Entre os nomes que são alvo da ação estão: Luciano Hang, da Havan; José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3; José Koury, do Barra World Shopping ; André Tissot, do Grupo Serra; Meyer Nigri, da Tecnisa; Marco Aurélio Raimundo, da Mormai e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.
A operação foi autorizada por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O caso envolvendo os empresários teve início após as mensagens do grupo com os empresários e apoiadores do Chefe do executivo serem reveladas pelo colunista Guilherme Amado, do site Metrópoles.
Segundo revelações trazidas pela reportagem, José Koury, dono do shopping Barra World, no Rio de Janeiro, declarou preferir uma “ruptura” do que o retorno de petistas ao Palácio do Planalto. Para o empresário, se o Brasil voltasse a ser governado por uma ditadura militar, o país seguiria recebendo investimentos externos
A mensagem de Koury foi uma resposta à discussão iniciada pela postagem de Ivan Wrobel, dono da W3 Engenharia, construtora de imóveis de alto padrão, atuante na zona sul do Rio de Janeiro. Na sequência, Marco Aurélio Raymundo, conhecido como Morongo, que é médico e dono da empresa de roupas e itens de surfe Mormaii, respondeu às mensagens de Koury.