Mesmo após uma série de recomendações de especialistas sobre os cuidados necessários para observar o eclipse solar anular que aconteceu no último sábado (14), algumas pessoas arriscaram olhar para o fenômeno sem proteção. Foi o caso de uma potiguar de 22 anos, que procurou um oftalmologista relatando estar com uma mancha na vista após olhar diretamente para o eclipse.
“A história era clássica. Logo depois de ter visto o eclipse, ela informou que não estava usando proteção e depois permaneceu com uma mancha na visão central de um dos olhos. Após uma avaliação, ela foi encaminhada para mim para fazer exames complementares. E aí vimos que teve, realmente, uma lesão bem central na retina dela”, explicou a oftalmologista Fernanda Pinheiro.
A médica informou que, em alguns casos, é possível recuperar a visão, total ou parcialmente. No entanto, essa recuperação é lenta.
“Em alguns casos pode recuperar total ou parcialmente, mas é uma recuperação lenta que pode demorar de seis meses a 1 ano. Alguns pacientes, inclusive, podem ficar com sequela, então isso é bem variável, depende do tempo de exposição, depende da recuperação de cada paciente”, informou.
Sintomas
“É importante essas pessoas procurarem um oftalmologista para fazer uma avaliação. Normalmente a retinopatia solar vai dar mais sintomas visuais, então não é esperado que haja olho vermelho ou irritação. Mas se tem alguma alteração visual, ou de mancha, ou de borramento, embaçamento, é importante procurar um especialista”, alertou dra Fernanda Pinheiro.
Proteção adequada
Natal foi a melhor capital do Brasil para se observar o eclipse solar anular do último sábado. O fato fez com que muitos potiguares ficassem ansiosos para ver o fenômeno. No entanto, especialistas fizeram vários alertas para que os curiosos não olhassem diretamente para o Sol sem uma proteção adequada. O recomendado era utilizar o filtro soldador nº 14.