Os professores da rede pública estadual decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. Apesar do esforço do Governo do RN para desmobilizar o movimento, a última proposta enviada pela administração estadual acerca do piso salarial dos professores não agradou a categoria, que optou pela greve, após assembleia realizada na tarde desta sexta-feira 3, na Escola Estadual Winston Churchill.
Para os demais, incluindo aposentados e pensionistas, a ideia da governadora Fátima Bezerra (PT) era implementar 6,5% em maio e 7,93% em dezembro, com retroativo pago em 8 parcelas, entre maio e dezembro de 2024. A proposta, no entanto, foi rechaçada pela categoria. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (Sinte) esperava que a Secretaria de Educação do RN apresentasse uma nova proposta, o que não ocorreu.
Além disso, Fátima Cardoso explicou a reportagem que o sindicato também está pleiteando o envio de três projetos de lei dentro dessa pauta para a Assembleia Legislativa. São eles: Escolas em tempo integral; Porte das escolas que traz o aumento da gratificação de diretor e vice diretor e o plano de carreira dos funcionários.
“Segunda-feira haverá o retorno dos professores as escolas para conversar com os pais e estudantes porque não podemos ignorar a comunidade escolar. Então a partir de terça-feira temos a greve iniciada por tempo indeterminado, aguardando a audiência e negociações e que a gente possa sair do movimento com nossos ganhos e com a categoria satisfeita a partir da luta realizada”, finalizou a coordenadora.
PISO
O pagamento do piso nacional dos professores é uma política profissional prevista no Plano Nacional de Educação (PNE). Em cumprimento à Lei nº 11.738 de 2008, desde janeiro desse ano nenhum professor da educação básica pode ter vencimento abaixo do valor mínimo, que atualmente é de R$ 4.420,55, ante os R$ 3.845,63 que valia para o ano passado.
O piso nacional dos professores é o valor mínimo que deve ser pago aos professores do magistério público da educação básica, em início de carreira, para uma jornada máxima de 40 horas semanais.