Aos 39 anos, Márcio Mossoró pendurou as chuteiras. Ainda que possa participar de mais algum jogo festivo, o meia-atacante campeão da Libertadores pelo Internacional/RS já trabalha na direção do Potiguar e se prepara para virar treinador. Antes da aposentadoria, ele realizou um sonho: disputou uma partida oficial com o filho.
Agora, o jogador planeja uma partida de despedida para oficializar o fim da carreira, mas já trabalha como CEO do Potiguar e quer virar treinador de futebol inspirado em Alex Fergusson e Arsené Wenger. No Brasil, ele se diz admirador dos trabalhos de Abel Ferreira e Fernando Diniz. “”Eu tenho planos de estudar para ser treinador. É meu primeiro plano. Mas agora dei uma pausa, uma segurada porque estou na parte de gestão, como CEO do clube, cuido do departamento de futebol e é difícil conciliar neste momento. Mas penso em ser um treinador gestor de modo geral, ter essa visão como teve o [Alex] Ferguson, o [Arsène] Wenger, entre outros que passam na gestão do clube, de trabalhar com a base, trazer jogador, contratar de acordo com o que o clube oferecer”, projetou.
No Internacional, o atleta fez parte do grupo que conquistou a primeira Libetadores no time gaúcho. “Passei por um grupo vitorioso, fiz parte do título da primeira Libertadores do Inter. Cheguei no fim de 2005, um ano em que fomos vice de forma injusta [escândalo da Máfia do Apito ocasionou anulação de jogos]. Nos tiraram aquele título, hoje todo mundo sabe, é escancarado que foi tirado de nós. Mas depois tivemos a Libertadores e eu participei de toda fase de grupos, daí tive uma pubalgia que me afastou, demorei um tempo para voltar e no Mundial eu estava lesionado e não pude ir. Mas me sinto tão campeão quanto eles, fiz parte do grupo que marcou história no Inter. Daí em 2007 eu voltei, mas foi onde o Inter, com a saída do presidente Fernando Carvalho, que tenho uma admiração muito grande, não teve a noção do que se tornou depois do Mundial e cometeu muitos erros, como tantos outros cometem”, explicou.