A manutenção da paralisação das obras na Barragem de Oiticica em função da pandemia do novo coronavírus foi criticada na Sessão Ordinária por videoconferência desta quinta-feira (14). Os deputados Nelter Queiroz (MDB), Gustavo Carvalho (PSDB) e Getúlio Rêgo (DEM) se posicionaram contrários à determinação do Governo do Estado de paralisação até passar o momento crítico da doença.
“A governadora Fátima publicou decreto que incluiu a construção civil entre os serviços essenciais, mas disse para não retomar as obras da Barragem de Oiticica. Ela poderia determinar, como já sugeri aqui, o exame nos trabalhadores e quem testar positivo se tratar. Proibir é atraso para nosso Estado”, argumentou Nelter Queiroz. O deputado Gustavo Carvalho ressaltou a assinatura de protocolo de segurança que deve ser cumprido pelos trabalhadores da construção civil da Barragem de Oiticica, enquanto Getúlio Rêgo destacou a importância da obra para o RN.
Fazendo um contraponto, Francisco do PT leu nota para mostrar que a decisão pela manutenção da paralisação das obras da barragem não foi unilateral. “Tenho aqui uma nota do Movimento dos Atingidos e Atingidas pela Construção da Barragem de Oiticica que concorda em manter as obras suspensas até o dia 20 de maio. Depois dessa data será reavaliada a situação”, explicou.
Ao anunciar o falecimento de uma pessoa próxima de seu convívio profissional, o deputado Sandro Pimentel (PSOL) voltou a reforçar a necessidade na tomada de medidas que previnam a disseminação do coronavírus. “É real e está tirando muitas vidas”, disse.
As medidas para conter os efeitos provocados pela Covid-19 continuaram pautando as falas dos deputados. Enquanto Ubaldo Fernandes (PL) pedia sensibilidade das escolas particulares das cidades da Grande Natal, a exemplo de Mossoró que, após Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) concederão desconto de 20% nas mensalidades, o deputado Vivaldo Costa (PSD) ressaltou a importância de unir forças para priorizar o cuidado com a saúde da população mais carente. “A economia vai sofrer, todo mundo sabe, mas a vida perdida não tem recuperação”, refletiu.