O Apodiense Raimundo Marinho Pinto conhecido por “Pintinho” em breve lançara um livro de sua autoria sobre o tema: “Resgate das Eleições Municipais e dos Administradores de Apodi, Rumo ao Palácio Francisco Ferreira Pinto. 1833-2020 e outros acontecimentos”. A previsão é que o livro seja lançado oficialmente até outubro de 2019.
Introdução do Livro
Você não pode deixar que se perca a história das eleições municipais e quem foram os administradores de Apodi: rumo ao Palácio Francisco Ferreira Pinto, de 1833 a 2020. Inúmeras vezes ouvi esse apelo de amigos, do homem comum e de intelectuais, por saberem do meu conhecimento a seara dita.
A verdade tem que ser exaltada, doa a quem doer. Não tenho nível superior, em 1965, conclui a 5ª série ginasial, não existia ensino de 2º grau na época em Apodi. Não tive, entretanto, condições de alcançar estudos de nível mais elevado, condicionado que estava à situação econômica do meu pai, pequeno agricultor, sem possibilidade de mandar-me para um centro mais desenvolvido, onde pudesse aprimorar meu aprendizado. Tempos depois não tive interesse para voltar aos bancos escolares, a verdade é essa e me acomodei, voltado ao trabalho, causa que abracei desde os sete anos de idade, ajudando aos meus pais que já partiram para a eternidade.
Não abandonei os livros, lendo do simples folheto de cordel vendido em bancas de feiraa exemplares científicos de renomados autores consagrados pela bienal, cheguei a suprir, em parte, essa deficiência, através da leitura, adquirindo bons conhecimentos, os quais me proporcionaram meios de proveitoso relacionamento com o mundo social e político.
Desde a década de 60, tenho vivenciado os acontecimentos das eleições municipais e atividades dos administradores, desde a época do coronel Lucas Pinto até a dosmais recentes. Foi a partir daí que pude entender como é o passo da dança da política, como tirar as meias dos pés sem tirar os calçados, ensinado pelo coronel Lucas Pinto a quem conheci de perto. O Lucas, o mais habilidoso político, liderou o município de Apodi e região do meio oeste por quase meio século.
Há mais de trinta anos, tornei-me esmiuçador de biografias e de fatos históricos. O sábio Rui Barbosa, ao ser perguntado qual era o perfil de um escritor, respondeu a honestidade e a leitura. Como disse o historiador inglês Peter Buker: a função do historiador é procurar lembrar a sociedade daquilo que ela insiste em querer esquecer.
O livro resgate das eleições municipais e dos administradores de Apodi, rumo ao Palácio Francisco Ferreira Pinto, de 1833 a 2020 e outros acontecimentos.
Assinala-se por derradeiro e em conclusão, que a obra apresentada corresponde a valiosa contribuição ao processo de resgate e preservação da memória política do nosso município. Em relação ao seu autor, fica para o reconhecimento da sociedade do nosso município e de modo geral de todos os brasileiros, construí e disponibilizei as gerações do meu tempo e do futuro, as quais vão poder avaliar o quanto a conduta e as ações dos nosso representantes políticos e administradores contribuíram para o seu modus vivendi. Que seja proveitosa leitura.
Perdoem-me os leitores todos erros, omissões, lacunas e quaisquer equívocos de interpretação. Se for perdoado, dou-me por satisfeito.
Raimundo Marinho Pinto (Pitinho) nasceu em 9 de agosto de 1944, no Sítio Poço Vermelho, zona rural, município de Apodi-RN. Filho do casal Francisco de Oliveira Pinto e Maria das Dôres Pinto, que deixaram 10 filhos.
Raimundo Pinto aprendeu as primeiras letras nas escolas particulares localizadas nas proximidades onde morou. Frequentou a escola da “palmatória” da professora Joana Ester Soares (Joaninha de Bemvinda). Concluiu a 4ª e 5ª séries ginasial na Escola Estadual Ferreira Pinto com as professoras Ester Noronha e Lourdes Mota e formou-se na faculdade da vida. Sem ter curso superior, não abandonou a leitura tanto é que durante mais de trinta anos tornou-se “Esmiuçador de Biografias e Fatos Históricos”.
Leu milhares de livros dentre eles o livro “501 grandes escritores” (um guia abrangentes sobre os gigantes da literatura). Estudando esse livro o que mais o impressiou não foi Platão, Balzac, Homero, Horácio, Vigílio e Voltaire. Foi, sim, Aristóteles pelos seus convencimentos e Santo Agostinho pelos seus ensinamentos. Também leu o livro, Quem é Quem, 500 biografias, artistas; líderes políticos; empresários; escritores; cientistas; atletas e religosos. Também leu os livros do nosso mestre Luis da Câmara Cascudo e de tantos outros historiadores, inclusive os de nossa terra.
Casado com Ivanice Lopes Pinto, no religioso e no civil em 13-07-1969, o celebrante foi Padre Manoel Balbino, na igreja matriz desta cidade, desse matrimônio tiveram três filhos: Raniere Kleber; Rokatia Kleania e Kelly Regina. Avô de Mayara Vitória, (filha de Kleber e Claudia Mota). Raimundo é o segundo filho de uma prole de 10 irmãos, todos vivos.
Atividades: aos 7 anos de idade trabalhou na roça ajudando ao seu pai, foi pastorador de passarinhos e botador d’água nas residências de pessoas abastadas na cidade.Exerceu as profissões de sapateiro, carpiteiro e comerciante.
Também funcionário público estadual, nomeado em 10 de fevereiro de 1966, no quadro da Secretaria da Educação e Cultura do Estado do RN, na gestão do então governador Monsenhor Walfredo Gurgel, lotado na Escola Estadual Professor Antônio Dantas nesta cidade. Aposentou-se conforme diário oficial nº 10.313 de 27-08-2002 na gestão do então governador Fernando Freire. Foi representante do IPE-Instituto de Previdência dos Servidores do Estado – RN no município de Apodi na gestão do então governador Geraldo Melo. Auxiliar do Sindicato Rural de Apodi desde 1998 e representante do SENAR/RN no município de Apodi desde 1998. Militante do velho MDB durante a ditadura militar, ficou fichado no SNI como protagonista desse partido no município de Apodi.
Ultimamente é Esmiuçador de Biografias, de Fatos Históricos e escritor.