O preço do litro da gasolina comum chegou a R$ 8,19 em alguns postos da região metropolitana de Natal, na manhã desta terça-feira (24).
O aumento repentino surpreendeu motoristas da capital, já que a Petrobras não anunciou reajuste do preço do combustível nas refinarias.
“Desisti de abastecer. Está muito caro. Vou procurar um lugar mais barato. Já vi também na Zona Norte, a R$ 8,19. Estão cercando, mas em algum lugar deve estar mais barato. E vou atrás, enquando der, vou procurar”, afirmou o motorista por aplicativo Marco Aurélio Gomes ao chegar a um dos postos.
A pesquisa mais recente da Agência Nacional de Petróleo (ANP), encerrada no último sábado (21), apontou preço médio de R$ 7,54 para a gasolina comum, no Rio Grande do Norte – um valor R$ 0,65 mais barato que o encontrado na manhã desta terça (24).
Durante a pesquisa, o preço mais alto encontrado na capital potiguar tinha sido de R$ 7,63.
Nos postos, as gerências não quiseram comentar o aumento do valor do produto.
Em nota, o Sindipostos RN afirmou que o aumento está sendo registrado nos postos por causa do fim das promoções que os postos vinham realizando, absorvendo parte dos custos, além da necessidade de importar produtos, em virtude da escassez do produto no mercado nacional.
“Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), entre os dias 31 de dezembro do ano passado e o último sábado, 14 de maio, o preço médio do litro da gasolina C nos postos do RN subiu 8,41% (saindo de R$ 6,955 para R$ 7,54). No mesmo período, a Petrobras reajustou o litro da gasolina nas refinarias em 24,5%”, disse o sindicato, em nota.
“Fica claro que havia uma enorme defasagem entre o que foi reajustado nas refinarias e o que efetivamente chegou às bombas. Ou seja, os postos estavam praticando preços promocionais. Porém, com a escassez dos produtos e com a importação feita pelas maiores distribuidoras, que compram com o preço do mercado internacional (ainda mais caro que o praticado pela Petrobras), os postos têm tido seus custos majorados, sendo inevitável o repasse ao consumidor final”, afirma o presidente do Sindipostos, Maxwell Flor.
G1