Os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) rejeitaram a proposta de reajuste salarial, apresentada pelo governo federal no dia 15 de maio, durante assembleia geral realizada nesta terça-feira (21). Contudo, de acordo com o Sindicato dos Docentes da UFRN (Adurn), a decisão final sobre a proposta seguirá para o plebiscito que será realizado das 8h desta quarta-feira (22) às 17h da quinta-feira (23). A categoria está em greve desde o dia 22 de abril.
A reunião, realizada de forma híbrida, contou com a participação de mais de 400 docentes. Foram contrários à proposta do Governo 222, enquanto 182 foram favoráveis. Outros 10 docentes se abstiveram na votação.
A Assembleia Geral considerou que o reajuste nominal de 0% (2024), 9% (2025), 3,5% (2026), e os reajustes nos steps não atendem às demandas. O processo desta quarta-feira e quinta-feira se dará por meio de sistema eletrônico, através do site da entidade: www.adurn.org.br.
A greve
Desde 22 de abril, a UFRN se juntou a mais de 20 universidades em todo o País, que decidiram paralisar as atividades. As greves indicam forte impasse entre a categoria dos professores universitários e o Governo Lula. Professores e servidores federais da educação exigem reajuste salarial, o que não vem sendo atendido pelo governo petista.
Na UFRN, trata-se da primeira paralisação de professores por tempo indeterminado desde 2003, segundo informações do Adurn-Sindicato. A categoria chegou a fazer uma paralisação de uma semana, em 2016, ainda no Governo Temer. Não houve greves no Governo Bolsonaro, apenas paralisações que duraram um único dia.
Os professores têm demandas em duas frentes. Em conjunto com os servidores públicos federais, buscam um reajuste salarial linear de 7,06% em 2024, 7,06% em 2025 e 7,06% em 2026, totalizando 22,8%. A demanda específica da categoria é a reestruturação das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT). Na proposta de reestruturação, encaminhada pelo PROIFES-Federação, os reajustes propostos são de 9,39% em 2024, 6,82% em 2025 e 6,82% em 2026, totalizando 23,03%.