Embalada pelo ritmo forte de crescimento da economia – estimado em 3,5% pelo mercado financeiro – e também pelos aumentos de impostos propostos pelo governo e aprovados pelo Congresso Nacional, a arrecadação federal bateu recorde histórico em 2024.
Segundo números divulgados nesta terça-feira (28) pela Receita Federal, o total arrecadado no último ano pelo governo federal, em impostos e contribuições federais, foi de R$ 2,65 trilhões. Um aumento real (acima da inflação) de 9,6% contra o ano anterior.
Em valores corrigidos pela variação dos preços, a arrecadação totalizou R$ 2,7 trilhões no ano passado, contra R$ 2,47 trilhões em 2023.
O resultado ocorre após o governo ter adotado uma série de medidas, algumas delas aprovadas no Congresso Nacional. Entre as ações tomadas, estão:
- a tributação de fundos exclusivos (alta renda) e das “offshores” (exterior);
- mudanças na tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados;
- aumento de impostos sobre combustíveis feito em 2023 e mantido em 2024 (ano inteiro);
- retomada do voto de confiança no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf);
- limitação no pagamento de precatórios (decisões judiciais).
De acordo com a Receita Federal, a tributação de fundos exclusivos gerou um aumento de R$ 13 bilhões na arrecadação no ano passado, enquanto a atualização do IRRF sobre “offshores” contribuiu com outros R$ 7,67 bilhões.
Houve, ainda, o ingresso de R$ 4 bilhões em IRPJ e CSLL, considerados “atípicos”, contra R$ 5 bilhões em 2023, e uma arrecadação de R$ 18 bilhões decorrentes de “ações de conformidade”, ou seja, da fiscalização e orientação do Fisco.
Além das medidas de aumento de impostos, o Fisco argumenta que o crescimento da economia também contribuiu para a arrecadação recorde de 2024, como mostram números da produção industrial, da venda de bens e serviços, da massa salarial e das importações.
Segundo Barreirinhas, da Receita Federal, os números da arrecadação refletem “resultado espetacular de reativação da economia”.
Fonte: g1