O Ministério da Saúde detalhou, nesta terça-feira (4/1), como ocorrerá a vacinação de crianças de 5 a 11 anos de idade contra a Covid-19. As informações foram apresentadas em audiência pública na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
De acordo com a secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, a consulta pública realizada pelo governo entre os dias 23 de dezembro e 2 de janeiro sobre o tema colheu 99,3 mil respostas. A maioria dos participantes manifestou-se contra a exigência de receita médica para a vacinação de crianças.
A intenção do governo, no entanto, é contrariar a opinião pública e exigir a prescrição médica e autorização de pais e/ou responsáveis para vacinar o público infantil. Segundo Rosana, as informações serão detalhadas em documento divulgado pelo Ministério da Saúde na quarta-feira (5/1).
A secretária, porém, adiantou que a vacinação deve ter a seguinte ordem de prioridade:
Veja a ordem de prioridade para vacinação de crianças contra a Covid-19:
- Crianças de 5 a 11 anos de idade com deficiência permanente ou comorbidade;
- Crianças que vivam em lares com pessoas de alto risco para evolução grave de Covid-19; e
- Crianças sem comorbidades, na seguinte ordem: 10 e 11 anos, 8 e 9 anos, 6 e 7 anos e, por fim, 5 anos.
“Em todos os casos, será exigida a prescrição médica e autorização dos pais ou responsáveis mediante assinatura de termo de consentimento. As vacinas devem ser aplicadas seguindo fielmente as recomendações da Anvisa”, explicou a secretária.
Início da vacinação
Na segunda-feira (3/1), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, adiantou que as doses para este público devem chegar em 10 de janeiro, e a campanha terá início na segunda quinzena do mês.
Sem apresentar mais detalhes, Queiroga afirmou que a vacinação infantil “está bem definida, de maneira clara e transparente”, e a pasta promoveu uma “ampla discussão com a sociedade” sobre o tema.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou-se contra a vacinação destinada a essa faixa etária. O mandatário defende a exigência de prescrição médica para a aplicação do imunizante em crianças; na contramão, ao menos 20 estados já descartaram a medida.
Fonte: Metrópoles