A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio da Subcoordenadoria de Vigilância em Saúde (SUVIGE) e II Unidade Regional de Saúde Pública (II Ursap), realizou quarta-feira (8) de novembro, a partir das 8h, no Auditório do Hospital da Mulher, em Mossoró, uma Capacitação sobre Esporotricose.
O evento foi direcionado aos profissionais de endemias, Vigilância Epidemiológica e Atenção Primária.
Atuaram como palestrantes a médica-veterinária, Fabíola de Sousa Medeiros e a biológa, Cíntia de Sousa Higashi. O evento foi coordenado pelo Coordenador do Programa de Controle da Raiva da II URSAP, médico-veterinário, Aderson Dantas de Lira e pela técnica do Núcleo Regional de Vigilância em Saúde da II Ursap (NUREVS), Vera Cristina Vale da Costa. Ainda contou com a participação da técnica do Núcleo de Saúde do Trabalhador da II Ursap, Lucélia Jamilla Pereira Pansard.
Esporotricose Humana
A esporotricose humana é uma micose subcutânea que surge quando o fungo do gênero Sporothrix entra no organismo, por meio de uma ferida na pele. A doença pode afetar tanto humanos quanto animais. A infecção ocorre, principalmente, pelo contato do fungo com a pele ou mucosa, por meio de trauma decorrente de acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira; contato com vegetais em decomposição; arranhadura ou mordedura de animais doentes, sendo o gato o mais comum.
A esporotricose é causada por fungos do gênero Sporothrix. Estes fungos podem apresentar duas formas no seu ciclo de vida: micelial (de filamentos) e levedura (parasitária ). Na forma micelial, o fungo está presente na natureza, no solo rico em material orgânico, nos espinhos de arbustos, em árvores e vegetação em decomposição. A forma de levedura é a que pode parasitar o homem e animais.
SINTOMAS
Os sintomas da esporotricose aparecem após a contaminação do fungo na pele. O desenvolvimento da lesão inicial é bem similar a uma picada de inseto, podendo evoluir para cura espontânea. Em casos mais graves, por exemplo, quando o fungo afeta os pulmões, podem surgir tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre. Na forma pulmonar, os sintomas se assemelham aos da tuberculose.
Mas o fungo também pode afetar os ossos e articulações, manifestando-se como inchaço e dor aos movimentos, bastante semelhantes ao de uma artrite infecciosa. As formas clínicas da doença vão depender de fatores como o estado imunológico do indivíduo e a profundidade da lesão. O período de incubação é variável, de uma semana a um mês, podendo chegar a seis meses após a inoculação, ou seja, a entrada do fungo no organismo humano.
Abdias Duque de Abrantes
Assessor de Comunicação Social da II URSAP