A Polícia Civil do Rio Grande do Norte investiga três guardas municipais apontados como suspeitos do ataque a tiros feito à viatura do próprio comandante deles no mês de outubro em Mossoró, no Oeste potiguar.
Uma operação foi deflagrada na manhã desta terça-feira (7) e apreendeu um carro, possivelmente utilizado no crime e duas armas, uma delas de uso funcional.
Cinco mandados de busca foram cumpridos, sendo três em Mossoró, um em Assu e outro em Natal.
O delegado responsável pelo caso afirma que tem suspeitas sobre o motivo do ataque, mas não divulgou detalhes da investigação. Os três agentes foram afastados das suas funções, por determinação da Justiça, e ainda serão ouvidos pelos investigadores.
“Infelizmente as investigações indicaram a participação direta de pelo menos três guardas municipais. Por causa disso, objetivando trazer mais provas para os autos, da participação deles, foram cumpridos mandados de busca e apreensão. Armas e veículos possivelmente utilizados nesse delito foram apreendidos”, disse o delegado Dennis Carvalho.
“Está sendo determinado afastamento das funções como também apreensão e suspensão do porte de arma dos três guardas municipais”, detalhou o delegado.
Dennis Carvalho não descarta a participação de outras pessoas no crime.
Em nota, a Prefeitura Municipal de Mossoró informou que vai cumprir as medidas determinadas pela justiça, sobre os servidores.
“A Prefeitura acompanha as investigações e o desenrolar dos fatos à espera do pleno esclarecimento do triste fato ocorrido no dia 11 de outubro deste ano, e que os culpados sejam punidos na forma da lei”, informou o município.
O ataque
A viatura descaracterizada utilizada pelo comandante da Guarda Municipal de Mossoró, no Oeste Potiguar, foi atingida por diversos tiros na madrugada do dia 11 de outubro no bairro Sumaré. Não havia ninguém no carro, no momento do crime.
O veículo, modelo volkswagen Gol branco, estava estacionado em frente a uma residência no momento dos tiros. A ocorrência foi registrada por volta das 3h da manhã.
No dia do crime, Thiago Fernandes, comandante da Guarda no município, afirmou que foi avisado pelos vizinhos logo no início da manhã, enquanto ainda se organizava para sair para o trabalho. Ele registrou um boletim de ocorrência.
O veículo é institucional do município e está cedido para deslocamento do comandante ao trabalho. Após o caso, a Polícia Civil solicitou uma perícia ao Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep).