Walter Parreira, representante comercial de Santos, no litoral de São Paulo, foi preso nesta quarta-feira (25) por financiar o ato golpista em Brasília em 8 de janeiro, quando vândalos invadiram e danificaram os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto, em Brasília. Ele é formado em História e Publicidade e fundador do grupo Trincheira Patriótica de Santos, que esteve a frente das grandes mobilizações na Baixada Santista.
A prisão de Parreira aconteceu na manhã desta quarta-feira (25), durante a 19ª fase daOperação Lesa Pátria, da Polícia Federal, que investigava indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos da instituição.
O representante estava na mira da Polícia Federal após aparecer como contratante de um ônibus que saiu de São Vicente, no litoral paulista, rumo ao centro de Brasília no dia 7 de janeiro. Em vídeos, ele não escondeu a participação em atos democráticos.
As promessas na convocação de golpistas incluíam “ônibus novos, superbons, sem custo. O passageiro só pagaria o que consumisse na estrada. Para quem tem disponibilidade para viajar, tudo pago. Tem que ficar acampado. E, se tiver mais pessoas, conseguiremos mais ônibus”. Já dentro do ônibus, a caminho da capital da República para participar dos atos terroristas, Parreira fez um apelo: “Está sobrando ônibus e faltando patriota”.
Em outro vídeo, que repercutiu na internet, ele revelou o alto valor da excursão. Ele falou sobre a viagem e o objetivo dos atos terroristas, além de pedir a ajuda de empresários para contribuírem com outras caravanas.