Os responsáveis por fazerem a indicação dos melhores cargos federais no Rio Grande do Norte foram definidos pelo Palácio do Planalto junto com a governadora Fátima Bezerra (PT) e a bancada federal aliada. O Governo do Estado sabe que o presidente Lula vai precisar ampliar a bancada para ter maioria no Congresso Nacional.
Dois novos parlamentares passaram a integrar a base nas últimas semanas: o coordenador da bancada, Benes Leocádio (União Brasil), e o deputado João Maia, de saída do PL e indo para o PP.
João vai ficar com a superintendência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Até abril deste ano, Pablo Tatim respondia pela autarquia. Antes do trabalho, a Funasa Potiguar era 17º lugar em execução, e Tatim a colocou em primeiro lugar no Brasil, com R$ 22,60 per capita investidos em saneamento básico e acesso à água, sobretudo em favor do saneamento rural, onde residem as pessoas mais humildes. Somente em 2022 executou R$ 80,4 milhões, com execução 580% superior à média nacional e 25% maior do que a 2ª colocada, que foi a Funasa do Ceará.
Já Benes Leocádio indicará a superintendência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Como Fátima queria, Benes não vai indicar um aliado do ex-senador José Agripino, que é anti-PT. O ex-prefeito de Assú Ivan Júnior (União Brasil) também já foi descartado. Também não será um nome da cozinha do deputado Paulinho Freire, pré-candidato a prefeito pelo União Brasil, que pode concorrer com a deputada federal Natália Bonavides (PT), candidata da governadora em Natal. Paulinho vai indicar a coordenadoria estadual do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).
Quem pensa que o Governo Lula só conta com os deputados federais petistas Natália Bonavides e Fernando Mineiro na Câmara dos Deputados se engana. Além de nomes como Benes Leocádio (União Brasil) e João Maia (ex-PL), o deputado federal Paulinho Freire tem acompanhado o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), em várias votações nas quais o Governo Lula tem interesse no Congresso. Inclusive, outro potiguar que também não tem sido radical é o deputado federal Robinson Faria (PL).
OPOSIÇÃO
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL), já sabe que só pode contar no PL com os votos dos deputados radicais General Girão e Sargento Gonçalves, ambos bolsonaristas raízes. Até o senador Styvenson Valetim (Podemos) tem surpreendido Rogério no Senado Federal quando acompanha em silêncio o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) em votações necessárias para Governo Lula. Por esse motivo, o Palácio do Planalto tem sido generoso com Styvenson Valentim na liberação de recursos extras e de emendas.
Informações do Agora RN