A ativista Thabatta Pimenta, que atua na defesa dos direitos das pessoas com deficiência e da comunidade LGBTQIA+, deverá ser candidata a vereadora de Natal nas eleições de 2024.
Primeira mulher trans a ser eleita vereadora no Estado, em 2020, quando venceu a disputa em Carnaúba dos Dantas, na região Seridó, Thabatta deverá transferir seu domicílio eleitoral para a capital potiguar e disputar uma das 29 vagas na Câmara Municipal no próximo ano.
Filiada ao PSB, Thabatta foi candidata em 2022 a deputada federal. Obteve mais de 40 mil votos e foi a mais votada do partido, mas não conseguiu se eleger. Desse total, quase 15 mil votos foram obtidos em Natal, o que a estimulou a tentar uma vaga no Legislativo natalense em 2024.
“Quem me acompanha nas redes sociais sabe que a gente está na capital há muito tempo. Como sempre estive junto ao governo da professora Fátima Bezerra, eu passava uns dias em Carnaúba, outros em Natal. E teve a quantidade de votos que eu tive na capital. Quase metade dos votos foi em Natal. Se mostrou que há uma necessidade de representação na Câmara Municipal”, enfatizou a vereadora, em entrevista à 94 FM na última segunda-feira (16).
Ela ressalta que, durante a campanha para deputada federal, percorreu ruas de Natal e passou a “entender a realidade do povo natalense”, o que a estimulou a mudar o domicílio eleitoral. “É muito disso. Eu acho que a população pode aguardar muita coisa para o ano que vem”, indica a vereadora.
Thabatta também vem sendo especulada como possível candidata a vice-prefeita na chapa da provável candidata Natália Bonavides (PT). Thabatta, no entanto, descarta a hipótese. “Já disse que não seria vice de ninguém”, afirma ela.
Sobre a relação com o PT, aliás, Thabatta enfatiza que tem mais interlocução com a direção nacional do partido do que a direção estadual. Ela diz, aliás, que nunca recebeu convite para se filiar à legenda, apesar de ter simpatia.
“Eu tenho muito mais contato com o PT nacional do que com o PT do estado do Rio Grande do Norte. O povo pergunta por que eu não fui para o PT. O PT nunca me quis. E lá fora diz: você tem que vir. Eu tenho diálogo muito grande com vários segmentos do PT, mas um convite nunca existiu. Mas eu sempre fui junta, trabalhei ativamente junto ao governo da professora Fátima”, destacou a vereadora.
Agora RN